segunda-feira, 27 de abril de 2009

Produto do trabalho - manifestação de valores

A revista Veja de 15 de abril, traz uma excelente reportagem sobre um ícone do mundo dos negócios. Não devemos nos deter na sua excentricidade, que pode em certos momentos parecer cômica. Jobs deve ser visto como um sujeito diferenciado que entende o trabalho como a manifestação de moral e ética. Trata-se de Steve Jobs, da Apple", que revolucionou o mercaddo tecnológico, criou o Ipod, e é reconhecidamente um empresário midiático e obcecado pelo trabalho.

Jobs busca antes de tudo a perfeição através da simplicidade e trabalha nos detalhes com esmero. Seu segredo? Foco! Jobs não sossega enquanto não descobre a saída de um problema ou como melhorar o design das suas peças. E deseja o lucro como conseqüência de sua procura interminável por mudar a história. È movido a paixão e isso encanta e contamina quem está por perto dele.

Seu produto é a materialização disso. Fazer algo mal feito é como pecar contra si mesmo.
"É triste e frustrante que estejamos rodeados de produtos que parecem ser provas de uma completa falta de cuidado", disse Ive, o afável britânico que lidera a pequena equipe de design da Apple. "É isso que é interessante em um objeto. Um objeto diz muitas coisas sobre a empresa que o produziu, sobre seus valores e prioridades."



E a sua empresa, o que ela diz com os produtos que fornece?

quarta-feira, 22 de abril de 2009

O que as empresas querem de você


Para se destacar confira quais são as competências profissionais mais valorizadas pelas empresas depois que a crise começou:


- Dupla visão. É preciso trazer resultados agora, mas sem comprometer o crescimento no futuro. Não perca a estratégia de vista.

- Inovação. Muitas soluções boas estão ao alcance dos olhos. Fique atento aos detalhes. Pense como fazer mais rápido ou mais barato.

- Dedicação. Está na hora de entregar resultados para fazer seu trabalho aparecer. Isso exige uma dose extra de dedicação.

- Liderança sem chicote. Engajar pessoas e ajudá-las a gerenciar o estresse e a ansiedade. Quatro em cada dez executivos valorizam essa competência, de acordo com a pesquisa da especialista Betania Tanure.


- Cabeça de consumidor. Estude e entenda o cliente — e o cliente do seu cliente. A melhor forma de fazer isso é por meio de parcerias.
Capacidade de decisão. Tome a melhor decisão que puder no prazo de tempo que você tem. Um profissional que decide errado vale mais do que aquele que não decide nunca.


Texto extraído da revista Você SA

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Susan Boyle - Preconceito e autoestima

O que faz você reconhecer o talento em alguém?

" RIO - A desempregada Susan Boyle não é nenhum modelo de beleza, mas teve coragem para enfrentar o júri ferino e a platéia debochada do programa "Britain's got talent", no último sábado. Recebida com risos e desconfiança, por conta de sua aparência, ela calou a todos quando começou sua interpretação de "I dreamed a dream", do musical "Les miserables"..."

" ... - Qual é o seu sonho? - perguntou o apresentador Simon Cowell, que também costuma maltratar candidatos do outro lado do Atlântico, no "American idol".

- Tentar ser uma cantora profissional - respondeu Susan, de 47 anos, com um sorriso no rosto, diante de assovios do público e caretas irônicas dos jurados." O Globo


Sem sombra de dúvida, o vídeo abaixo é uma das maiores lições que podemos ter em nossas vidas pessoais e profissionais.

Não se julga uma pessoa pelo rótulo ou se impede uma chance a quem aparentemente está fora do perfil de alguma função.

Susan em nenhum momento perdeu a confiança em si e mesmo que todos mostrassem que ela não seria uma vitoriosa, não se abalou. Aos 47 anos, essa senhora não titubiou em afirmar seu sonho perante a um teatro lotado que caçoava dela. Colocou todos abaixo de seus pés, dando um show de humildade e competência.

E você? Permite que todos possam mostrar seus talentos? Permite que tenham uma chance para provarem sua verdadeira capacidade? 

Tem coragem de se permitir perseguir seu sonho, mesmo que todos os sinais indiquem que é tarde demais?

Imagina o mundo sem Susan Boyle? 

PS: Até hoje, dia 17/04/09 esse vídeo foi visto por mais de 10 milhões de pessoas somente no Youtube e Susan gravará um disco e está com sua agenda lotada de entrevistas.

Apreciem essa lição!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

SEM MEDO DE COBRANÇAS


Ao longo da minha trajetória de vida profissional, passei por várias situações inusitadas, contudo há sempre uma situação que não consigo entender por mais que tente – os melindres profissionais.

No ambiente de trabalho, as pessoas devem estar voltadas para fazer com que os objetivos sejam concretizados, com que os processos ocorram com baixo erro e as metas sejam atingidas.

Muitas vezes, a rotina nos atropela e não percebemos quando deixamos de lado um passo importante para a empresa. O problema não está aí. Está em não admitir ser cobrado ou corrigido, principalmente se isso for feito na perante sua liderança.

Reagir mal às cobranças reflete o grau de imaturidade em que o profissional se encontra. Baixa inteligência emocional é sinal de insegurança. Diga-me qual o profissional que não erra ou atrasa? Qual o problema disso ser revelado à sua liderança?

Quando uma falha é revelada ou registrada, isso contribui para a correção.
Se você não consegue executar uma tarefa, guarda a informação, deixa para executar quando tiver tempo, vai sofrer as conseqüências de dizer ao chefe o que está acontecendo somente quando for cobrado. Tudo que você disser a partir daí parecerá desculpa. É necessário sempre se antecipar e relatar à chefia sobre o andamento das suas atividades.

E mais importante: não tema ser transparente. Auditorias, avaliações ou outras ferramentas que revelem nossas fraquezas apenas nos tornarão mais fortes. Afinal, ninguém pode se permitir sofrer da síndrome de Deus, que não comete erros.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

VALORES


A garantia do sucesso profissional está muito mais ligada à postura que você tem do que propriamente ao seu conhecimento técnico. Isso porque se um profissional tem um perfil inovador e ativo, aprender a técnica é sempre mais fácil e está acessível a muitos.

O grande desafio é garantir o desenvolvimento pessoal. A postura com que você age e reage diante dos acontecimentos, a forma como você pensa sobre os objetivos da empresa é que dirão se você terá um futuro promissor ou não dentro dessa organização.

No campo dos valores, a correlação entre o trabalho e a cultura organizacional, mostra que quando estão alinhados, a relação de prazer é estabelecida.
Os valores organizacionais surgem como forma de garantir sua sobrevivência, mediando os conflitos para a resolução dos problemas que surgem no contexto natural do trabalho.

A execução do trabalho exerce impacto no mecanismo psíquico do profissional, gerando o binômio prazer-sofrimento, que oscila de um pólo ao outro dependendo do quão significativo é a tarefa para aquele que a desenvolve.

O prazer-sofrimento define-se nas relações do trabalhador, guiado pelos valores humanos, que fomentam as relações pessoais no ambiente organizacional e definem formas de vivenciar a atividade desenvolvida.

Quando os valores da organização ou da natureza do trabalho estão em discordância com os valores pessoais, o profissional primeiro entra em “choque” e decide se acata os valores dissonantes como seus ou define-se como um não-seguidor.

Este comportamento acarreta duas outras possibilidades. Ou profissional é inserido no grupo de iguais, aceita as regras e anda “conforme a música”, nesse caso, fugindo do desprazer ou sofrimento ou decide que seu papel não pode ser cumprido desta forma, aceitando-se como um ser sofrido.

Comumente, o profissional que aceita o ambiente dissonante com seus princípios, vive um intenso conflito. Será ameaçado psicologicamente, pois o ser humano tem a necessidade de integrar os iguais e rejeitar as diferenças.

Por isso é necessário que você analise se os princípios da organização em que está inserido, estão alinhados com seus princípios pessoais. Caso a resposta seja negativa, um conselho: pule fora! Ninguém dura muito tempo num ambiente em que se sente um peixe fora d’água.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Sentar-se à janela - Alexandre Garcia


Não sei se esse texto foi realemnte escrito pelo autor acima. Mesmo assim vale a pena ler e aprender essa lição para nossa vida profissional e pessoal.
Curtam a leitura.


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Era criança quando, pela primeira vez, entrei em um avião.
A ansiedade de voar era enorme. Eu queria me sentar ao lado da janela de qualquer jeito, acompanhar o vôo desde o primeiro momento e sentir o avião correndo na pista cada vez mais rápido até a decolagem.

Ao olhar pela janela via, sem palavras, o avião rompendo as nuvens, chegando ao céu azul. Tudo era novidade e fantasia. Cresci, me formei, e comecei a trabalhar. No meu trabalho, desde o início, voar era uma necessidade constante.

As reuniões em outras cidades e a correria me obrigavam, às vezes, a estar em dois lugares num mesmo dia. No início pedia sempre poltronas ao lado da janela, e, ainda com olhos de menino, fitava as nuvens, curtia a viagem, e nem me incomodava de esperar um pouco mais para sair do avião, pegar a bagagem, coisa e tal. O tempo foi passando, a correria aumentando, e já não fazia questão de me sentar à janela, nem mesmo de ver as nuvens, o sol, as cidades abaixo, o mar ou qualquer paisagem que fosse. Perdi o encanto. Pensava somente em chegar e sair, me acomodar rápido e sair rápido.

As poltronas do corredor agora eram exigência. Mais fáceis para sair sem ter que esperar ninguém, sempre e sempre preocupado com a hora, com o compromisso, com tudo, menos com a viagem, com a paisagem, comigo mesmo. Por um desses maravilhosos 'acasos' do destino, estava eu louco para voltar de São Paulo numa tarde chuvosa, precisando chegar em Curitiba o mais rápido possível.

O vôo estava lotado e o único lugar disponível era uma janela, na última poltrona. Sem pensar concordei de imediato, peguei meu bilhete e fui para o embarque.
Embarquei no avião, me acomodei na poltrona indicada: a janela. Janela que há muito eu não via, ou melhor, pela qual já não me preocupava em olhar. E, num rompante, assim que o avião decolou, lembrei-me da primeira vez que voara. Senti novamente e estranhamente aquela ansiedade, aquele frio na barriga.

Olhava o avião rompendo as nuvens escuras até que, tendo passado pela
chuva, apareceu o céu. Era de um azul tão lindo como jamais tinha visto. E também o sol, que brilhava como se tivesse acabado de nascer. Naquele instante, em que voltei a ser criança, percebi que estava deixando de viver um pouco a cada viagem em que desprezava aquela vista.

Pensei comigo mesmo: será que em relação às outras coisas da minha vida eu também não havia deixado de me sentar à janela, como, por exemplo, olhar pela janela das minhas amizades, do meu casamento, do meu trabalho e convívio pessoal?
Creio que aos poucos, e mesmo sem perceber, deixamos de olhar pela janela da nossa vida.

A vida também é uma viagem e se não nos sentarmos à janela, perdemos o que há de melhor: as paisagens, que são nossos amores, alegrias, tristezas, enfim, tudo o que
nos mantém vivos. Se viajarmos somente na poltrona do corredor, com pressa de chegar, sabe-se lá aonde, perderemos a oportunidade de apreciar as belezas que a viagem nos oferece.

Se você também está num ritmo acelerado, pedindo sempre poltronas do corredor, para embarcar e desembarcar rápido e 'ganhar tempo', pare um pouco e reflita sobre aonde você quer chegar.

A aeronave da nossa existência voa célere e a duração da viagem não é anunciada pelo comandante. Não sabemos quanto tempo ainda nos resta. Por essa razão, vale a pena sentar próximo da janela para não perder nenhum detalhe.

Afinal, a vida, a felicidade e a paz são caminhos e não simplesmente destinos.