quinta-feira, 31 de julho de 2008

FATOS E INFERÊNCIAS

Cotribuição da Prof.ª Rita Alonso

Adorei essa fábula que trata de um assunto tão perminente nas organizações. Segue para os leitores:

Em uma cidadezinha do interior havia uma figueira carregada dentro do cemitério. Dois amigos decidiram entrar lá à noite (quando não havia vigilância) e pegar todos os figos.
Eles pularam o muro, subiram a árvore com as sacolas penduradas no ombro e começaram a distribuir o ‘prêmio’.
- Um pra mim, um pra você.- Um pra mim, um pra você.- Pô, você deixou esses dois caírem do lado de fora do muro!- Não faz mal, depois que a gente terminar aqui pega os outros.- Então tá, mais um pra mim, um pra você.
Um bêbado, passando do lado de fora do cemitério, escutou esse negócio de ‘um pra mim e um pra você’ e saiu correndo para a delegacia. Chegando lá, virou para o policial:- Seu guarda, vem comigo! Deus e o diabo estão no cemitério dividindo as almas dos mortos!- Ah, cala a boca bêbado!- Juro que é verdade, vem comigo.
Os dois foram até o cemitério, chegaram perto do muro e começaram a escutar…- Um para mim, um para você.O guarda assustado:- É verdade! É O dia do apocalipse! Eles estão dividindo as almas dos mortos! O que será que vem depois?
Lá dentro, os dois amigos já estavam quase terminando…- Um para mim, um para você. Pronto, acabamos aqui. E agora?
- Agora a gente vai lá fora e pega os dois que estão do outro lado do muro…
-…-
Recebi esta história da minha amiga Meg. E ela ilustra bem o que podemos chamar de “fatos” e “inferências”.
Fato é o que acontece realmente. É O ato, a ação do momento. E inferência são as deduções que fazemos dos fatos, nossas conclusões.
Muitas das vezes assistimos um determinado fato e criamos histórias e conclusões próprias a respeito e transmitimos às pessoas uma versão que não condiz com os fatos…
Atitudes como estas de pré-julgamento e inferências podem ter conseqüências desastrosas… é preciso ter cuidado e medir nossas atitudes.
Na esquina, um acidente de carro. O automóvel acerta o poste de frente. E ao ser consultado o cidadão exclama: “- O motorista, em alta velocidade, não conseguiu desviar do poste”.
Mas…
Ao ser questionado se fora testemunha do fato, se estava ali no momento do acidente este informa que havia chegado naquele momento.
Ora, se não estava… como poderia dizer que o carro estava em alta velocidade?
Já um outro… afirmava veemente a tudo que havia assistido. E narrava a cena energicamente:
“- O carro fez uma curva muito fechada, o motorista bêbado não teve um bom reflexo para conseguir desviar do poste.”
“- Mas o motorista estava realmente bêbado?”
“-Claro que sim, ele saiu do carro cambaleante…”
Ora, mas se o motorista do veículo havia levado uma pancada na cabeça… Como ele poderia sair do carro de outra forma? Será que estaria realmente
bêbado? Ou foi apenas uma inferência do homem que contava o ocorrido?
Certas pessoas ao se depararem com um acidente tiram conclusões baseadas totalmente na bagagem informativa que já possui. De tanto ouvir narrativas de acidentes onde o motorista, culpado, estava alcoolizado, este já conclui precipitadamente o estado do mesmo.
Dentro da empresa temos que tomar muito cuidado ao repassarmos informações, instruções, fatos ocorridos, instruções… para que nossa conclusões pessoais não interfiram na comunicação vindo, assim, gerar problemas àqueles que nos escutam.
Uma piada clássica é a do chefe que consulta seu subordinado dizendo:
- Alceu, qual o número deste pedido?
Um outro colaborador que passa e só ouve o final da frase já anuncia a “bomba” aos demais colegas: “-Pessoal, o Alceu foi despedido, será que vão ter outras demissões”?
Portanto, da próxima vez que tiver que passar informações aos seus subordinados, colegas, clientes… peça feedback do que você disse, pergunte se entendeu, se foi claro. E faça o mesmo quando receber mensagens confirme o que lhe foi dito. Diga frases como: “- Bem, vejamos se entendi direito: você quer dizer que…”, “-Então o prazo para entrega será de 15 dias?”
Prof.ª Rita

terça-feira, 8 de julho de 2008

Era uma vez..


Quem não adorava ouvir um adulto pronunciar esta frase? Sabia-se que logo logo, a criançada estaria com olhinhos atentos à estória que seria contada. Nas mentezinhas infantis preponderavam as cenas imaginadas. Sempre que se escuta uma fábula, o adulto remete ao prazer infantil. Daqueles dias em que nada nos preocupa. Só nos interessa o desenrolar da trama.

Bem, estamos grandes hoje e mesmo assim nos encantamos quando nos deparamos com estórias. Óbvio que agora, elas são mais encantadoras nos teatros e cinemas, mas não perdemos o encanto por conhecer outras vivências.

No mercado de trabalho, o uso de fábulas é um é um ótimo recurso para ministrar treinamento. O lúdico encanta e prende a atenção das pessoas, fixando a mensagem que você deseja deixar. É uma forma de esclarecer quaisquer dúvidas acerca do assunto comentado.

Cuidado apenas com os exageros. Treinamentos com o uso de muitas fábulas dão a conotação de pobreza de conteúdo.

Para ajudar ao leitor, este blog planeja colocar fábulas de uma forma diferente. Explicaremos o contexto no qual podem ser aplicadas.

As fábulas não são de minha autoria. Muitas delas têm autores desconhecidos

A GM e o sorvete de baunilha


Autor: desconhecido

Aplicabilidade: Demonstrar a importância de ouvir o cliente.

Esta é a moral de uma história que está circulando de boca em boca desde 1970 entre os principais especialistas norte-americanos em atendimento ao cliente. Parece louco, mas não é!!

A história, ou "causo", como está sendo batizada aqui no Brasil, começa quando o gerente da divisão de carros Pontiac, da General Motors dos Estados Unidos, recebeu uma curiosa carta de reclamação de um cliente. Eis o que ele escreveu:

"Esta é a segunda vez que mando uma carta para vocês e não os culpo pôr não me responder. Eu posso parecer louco, mas o fato é que nós temos uma tradição em nossa família, que é a de comer sorvete depois do jantar. Repetimos este hábito todas as noites, variando apenas o tipo do sorvete, e eu sou o encarregado em ir comprá-lo.

Recentemente comprei um novo Pontiac e desde então minhas idas à sorveteria se transformaram num problema. Sempre que eu compro sorvete de baunilha, quando volto da loja para casa, o carro não funciona. Se compro qualquer outro tipo de sorvete, o carro funciona normalmente.

Os senhores devem achar que eu estou realmente louco, mas não importa o quão tola possa parecer minha reclamação. O fato é que estou muito irritado como o meu Pontiac modelo 99."

A carta gerou tantas piadas do pessoal da Pontiac que o presidente da empresa acabou recebendo uma cópia da reclamação. Ele resolveu levar o assunto a sério e mandou um engenheiro conversa com o autor da carta.

O funcionário e o reclamante, um senhor bem sucedido na vida e dono de vários carros, foram juntos à sorveteria no fatídico Pontiac. O engenheiro sugeriu sabor baunilha para testar a reclamação e o carro efetivamente não funcionou.

O funcionário da General Motors voltou nos dias seguintes, à mesma hora, fez o mesmo trajeto, no mesmo carro, e só variou o sabor do sorvete. Mais uma vez, o carro só não pegava na volta, quando o sabor escolhido era baunilha.

O problema acabou virando uma obsessão para o engenheiro, que passou a fazer experiências diárias, anotando todos os detalhes possíveis e, depois de duas semanas, chegou à primeira grande descoberta. Quando escolhia o baunilha, o comprador gastava menos tempo porque este tipo de sorvete estava bem a frente. Examinando o carro, o engenheiro fez nova descoberta: Como o tempo de compra era muito mais reduzido no caso da baunilha, em comparação com o tempo dos outros sabores, o motor não chegava a esfriar. Com isso os vapores de combustível não se dissipavam, impedindo que a nova partida fosse instantânea.

A partir desse episódio, a Pontiac mudou o sistema de alimentação de combustível e introduziu a alteração em todos os modelos a partir da linha 99. Mais do que isso, O autor da reclamação ganhou um novo carro, além da reforma do que não pegava com sorvete de baunilha.

A General Motors distribuiu um memo interno, exigindo que seus funcionários levem a sério até as reclamações mais estapafúrdias, "porque pode ser que uma grande inovação esteja por trás de um sorvete de baunilha", diz a carta da GM.