terça-feira, 31 de março de 2009

Amigos

Estou em auditoria de 26/03 até dia 17/04 e por isso sem poder postar no momento.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Imagem empresarial e atendimento

Qualquer episódio no qual o cliente entra em contato com algum aspecto da organização, ele obtém uma impressão de seu serviço” Karl Albrecht

Quando estamos realizando atendimento ao Cliente, a imagem que passamos, o como realizamos esse atendimento e como entendemos o sentimento das pessoas que estamos nos relacionando reflete diretamente na imagem do órgão de atendimento.

Se atendermos com interesse, presteza e empatia, o cliente percebe a seriedade da empresa. Se por outro lado, o atendimento for desatencioso e estivermos sem interesse em realizá-lo, a imagem da empresa será de uma entidade ineficaz.

A frustração é diretamente proporcional à expectativa do cliente, seja ele interno ou externo. Desta forma, a clareza de informações constitui uma necessidade legítima.

Quando a Percepção < Expectativa >, o cliente está desencantado, frustrado e aborrecido.
Quando Percepção=Expectativa, Não há problema para o cliente. Você apenas perde a oportunidade de ser diferente.
Quando Percepção>Expectativa, ocorre o encantamento.

A reação do cliente ao nosso atendimento é puramente emocional e é esse sentimento que o acompanha após o atendimento. E você, profissional de relacionamento, tem o papel estratégico, pois ele realiza o tempo inteiro o contato direto com o cliente.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Pérolas


Esta semana fiz 10 anos na empresa em que trabalho. Foi um momento de muita reflexão.
O que leva um profissional a estar tanto tempo numa mesma empresa? Acomodação?
Bem, os que me conhecem certamente diriam que tenho qualquer outro defeito, mas certamente este não estaria entre eles.

Eu caracterizei esse período como reinvenção. Para fazer parte de um grande grupo empresarial por tantos anos, precisei constantemente me colocar à prova, sair das minhas zonas de conforto, testar meus limites.

Nada de ficar executando o B+A=BA. Há sempre muitos profissionais competentes para fazer o feijão com arroz., mas que a empresa sabe que não conseguirá tirar um baião* daí. Quem você acha que está na lista de demissionáveis?

Meu conselho para vocês: não se permitam executar a mesma tarefa por mais de 03 anos, tempo que eu considero suficiente para dominar uma atividade. Você até poderá permanecer na mesma função, mas sempre busque novas responsabilidades.

Deseja crescer? Nada de tentar tomar o lugar do outro ou pisar no pescoço de alguém mostrando as fragilidades desse profissional. Se você quiser se destacar deve enxergar os locais vazios. É aí onde você encontra a oportunidade. Se auto-analise e prepare-se para o momento em que a empresa decidir que aquele espaço deve ser preenchido. Você será certamente visto como um forte candidato.

Mostre-se em movimento. Retome seus estudos e se isso não for viável, procure você mesmo uma bibliografia técnica que lhe mostre as tendências de mercado. Comece com os livros básicos e depois com as revistas que estão sempre mais atualizadas. Em tempos de crise, ser um dos últimos da lista é muito importante.

Ah! Sobre o título, 10 anos é comemorado com bodas de Pérolas.

Boa Sorte para vocês.

*Baião – Comida típica do nordeste onde são cozidos juntos o feijão e o arroz.

terça-feira, 17 de março de 2009

ORGULHO e VAIDADE


Os dois posts abaixo relatam um tema de extrema delicadeza nas organizações atuais. Após publicá-los, alguns amigos fizeram uma avaliação com o pessoal de portaria e serviços gerais que atendem a empresa onde trabalho e descobrimos que nosso amigo “gari” não está sozinho (ver post de 10/03).

Nossos colegas porteiros e serventes são tratados da mesma forma que o Fernando Braga expressou na sua tese de mestrado. Há pessoas que não os olham e não os cumprimentam. Tentei analisar a questão. O que levaria alguns funcionários a pensar que são melhores que outros?

Talvez uma mistura atômica de ORGULHO e VAIDADE. Dois pilares para a queda de qualquer ser humano. Sem se dar conta desses sentimentos, eles enxergam que as pessoas que executam funções operacionais existem apenas para servi-los e não como colegas de trabalho, deixando de usar um grande canal de informações da empresa e de percepção dos sentimentos coletivos.

É através da escuta de todos os funcionários que sabemos onde se localizam falhas de processo, problemas estruturais entre outros.

Vivo ao lado de um exemplo grandioso. Meu amigo Atanácio, iniciou sua vida profissional como gari em Porto Velho. Foi visto, notado e cresceu na empresa. Crescimento tal, que hoje ele faz parte do quadro de compradores de um grande grupo, uma pessoa batalhadora, já formado e com pós graduação. Conhece a empresa e sabe ouvir o usuário pois já esteve do outro lado. Ele sabe qual a melhor luva, qual o sapato que oferece maior conforto.

Cumprimentar as pessoas ao seu redor não é somente uma questão de gentileza, é uma questão de ser correto, de ser cristão.

Há pessoas que esperam o mínimo de reconhecimento mesmo de desconhecidos, que se sentem felizes por serem apenas vistos. E qual o custo que temos, se a partir de hoje exercitarmos isso no nosso dia a dia?

Veremos apenas como é bom sermos pessoas melhores.

terça-feira, 10 de março de 2009

'Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível'


Matéria de Plínio Delphino, Diário de São Paulo.

Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da 'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social.

O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres invisíveis, sem nome'.

Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa.

Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida: 'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o pesquisador.

O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano. 'Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão', diz.

No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles.

Os garis mal conversavam comigo, alguns se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse: -'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi. Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.

-O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
-Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu.. Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.

-E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou?
-Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.

-E quando você volta para casa, para seu mundo real?
-Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador. Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.

*Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Ser gentil abre portas no trabalho


Segundo os caçadores de talento, ser gentil é muito importante para ter reconhecimento no mercado.



Levar uma fechada no trânsito e ainda ser xingado, agüentar o chefe mal-humorado que mal diz bom dia, ficar meia hora pendurado no telefone esperando uma resposta do atendente. Realmente é difícil ser gentil nas grandes metrópoles. Mas saiba que é bom ir treinando pequenas gentilezas no dia-a-dia se você pretende ter sucesso na carreira.


As americanas Linda Kaplan Thaler e Robin Koval se inspiraram no segurança do prédio de escritórios onde trabalhavam, em Manhattan, para escrever o livro O Poder da Gentileza (Editora Sextante). Os calorosos cumprimentos de Frank, um homem na casa dos 50 anos, animam o dia das pessoas que passam pela portaria todas as manhãs. E foi exatamente isso que ajudou a equipe das publicitárias a fechar um contrato multimilionário com o presidente do sexto maior banco dos Estados Unidos. Ele ficou impressionado com a gentileza de Frank numa cidade em que a frieza e atitude inflexível fazem parte de sua mitologia.


Muitos headhunters acham que ser gentil é uma característica fundamental para ganhar reconhecimento no mercado. Segundo esses caça-talentos, a gentileza sempre abre portas. "Uma pessoa acessível, simpática, educada e aberta a propostas tem mais chances de sucesso profissional em comparação com alguém pouco solícito e mal-encarado", diz Renata Filippi Lindquist, sócia diretora da Mariaca InterSearch, empresa especializada em recrutamento de executivos.


Essa qualidade, porém, não é desejável apenas quando se fala em executivos. "A gentileza, ou a falta dela, impacta todos os níveis hierárquicos", afirma Daniela Yokoi Sanchez, gerente da divisão de vendas e marketing da Page Personnel, empresa do grupo Michel Page especializada em recrutamento.


E, quando se está começando uma carreira, essa característica se torna ainda mais importante, segundo a headhunter da Mariaca. "Quem trabalha de forma cooperativa tem mais oportunidades de ser considerada".


Exemplos

No recrutamento, as empresas buscam profissionais que transitem bem nas relações interpessoais e tenham habilidade na comunicação. Por isso, é comum a entrevista abordar assuntos como vida pessoal, família e hobby do candidato, que podem revelar as características citadas.


Daniela lembra dois profissionais que ilustram bem comportamentos distintos no mundo corporativo para os quais recrutou funcionários. O primeiro é um executivo da área de alumínio - gentil com homens e mulheres, bem-educado e preocupado com a família. "Para ele, fiz a contratação de uma profissional, que está adorando e desenvolvendo muito profissionalmente. Ele é lembrado no mercado de modo positivo", conta.


O segundo cliente é de uma multinacional e, segundo Daniela, conhecido por sua indelicadeza. "Sua gestão não é bem vista no mercado. Fecham negócio com ele só porque sua empresa é referência", revela.


Problema de imagem

A gentileza muitas vezes pode ser confundida com fraqueza, o que não gera respeito. Como não cair nessa armadilha? "É preciso ser assertivo e passar o recado de forma clara e objetiva sobre procedimentos, resultados, prazos. Mas é possível fazer isso de maneira amistosa, já que causar medo não gera respeito", diz a sócia proprietária da Mariaca.


Por outro lado, se a equipe sentir que o chefe é somente um amigo e faz da empresa uma extensão de sua casa (com happy hours constantes, falta de horário) não será respeitado. "Regras claras, organização, educação e transparência são essenciais para evitar confusões", conclui.


Pratique

A frase "Podemos sempre ser gentis com pessoas que não têm qualquer importância para nós", do personagem Lorde Henry, em O Retrato de Dorian Gray (1890), de Oscar Wilde, mostra que a gentileza pode ser praticada para um dia se tornar natural. Mas cuidado com o exagero. "Quem é gentil só para fazer marketing pessoal se torna cansativo", avisa Renata.


Para aqueles que têm consciência de sua introversão, ela indica exercitar mais a gentileza, pois, mesmo no exagero, vai parecer natural. Já que as pessoas extrovertidas devem ser cuidadosas e dosar as gentilezas, para evitar o ar artificial. Ser gentil, no entanto, não é apenas perguntar como foi o fim de semana para o colega de trabalho. Sorrir sempre, cumprimentar todos, ajudar os colegas, ser participativo e fazer parte do time são gestos gentis que os especialistas indicam para um ambiente profissional saudável. Vale a pena tentar, já que o mínimo que pode acontecer é contagiar as pessoas à sua volta, e essa gentileza retornar para você.


Cinco dicas úteis


Coleque a gentileza em prática seguindo os ensinamentos das autoras americanas Linda Kaplan Thaler e Robin Koval:


1 - Pratique. Todos os dias, durante a próxima semana, faça cinco coisas simpáticas que não tragam nenhuma recompensa imediata a você. Agradeça sempre, dizendo "obrigado" aos outros. Pergunte a quem encontrar como vai a vida. Será que a faxineira do prédio tem netos? O sentido disso não é imaginar que o taxista a quem você deu uma gorjeta generosa algum dia dirigirá uma empresa importante. É, simplesmente, adquirir o hábito de ser gentil - e descobrir como isso o faz sentir-se bem.


2 - Elogie. Certa vez, um rapaz perguntou a Abraham Lincoln se ele ficava irritado com os constantes pedidos de autógrafo. "Os homens suportam muita coisa quando são lisonjeados", respondeu o presidente. Suas palavras são tão verdadeiras hoje quanto eram em seu tempo. Todos nós adoramos um elogio. E, no entanto, somos parcimoniosos ao fazê-los. Se você está preocupado com a possibilidade de que um elogio pareça falso, fique tranqüilo. O próprio fato de estar preocupado com isso significa que você não é um puxa-saco e, portanto, não dará essa impressão.


3 - Sorria. Estudos mostram que o simples ato de sorrir faz com que você se sinta realmente mais feliz, o que acontecerá também com as pessoas à sua volta. Então tente adquirir o hábito de sorrir mais. Como prática, sorria para estranhos amistosos e receptivos. Comece com crianças. Após algum tempo você estará preparado para sorrir até para as pessoas com um ar mais antipático.


4 - Adoce a vida. Mantenha um suprimento de guloseimas em sua escrivaninha ou nas proximidades. Quando as pessoas que vierem vê-lo parecerem tensas, cansadas, mal-humoradas, abra sua gaveta e dê um docinho a elas.


5 - Ajude o inimigo. Enumere seus três maiores rivais. Para cada um, escreva alguma coisa que você poderia fazer para ajudá-lo e que não atrapalhe seu próprio trabalho. Na próxima oportunidade, ofereça sua ajuda.


Desculpem amigos. Recebi esse texto por email e não tenho onde identificar a fonte, mesmo assim a leitura é imprescindível.

terça-feira, 3 de março de 2009

EXECUTIVO GENERALISTA GANHA ESPAÇO EM ÉPOCAS DE CRISE

Com o corte de pessoal, funções estratégicas e operacionais passam a se concentrar em uma única pessoa

Portal EXAME

Em tempos de turbulência mundial, o mercado de trabalho para executivos também sofre transformações. Não é apenas a insegurança de ser pego de surpresa em meio a uma reestruturação e ver sua vaga desaparecer que preocupa esses profissionais, mas também a incerteza de conquistar um novo posto, se o pior acontecer. Alguns cuidados, porém, podem aumentar sua empregabilidade - isto é, a capacidade de manter o atual emprego ou, no
limite, de encontrar outro facilmente.

Segundo headhunters, a primeira resposta das empresas à crise é mudar o perfil dos executivos buscados. Os mais valorizados são os profissionais generalistas - aqueles capazes de lidar tanto com questões de planejamento estratégico, quanto envolver no dia-a-dia da companhia, pondo a "mão na massa" para fazer as coisas acontecerem. O motivo é simples: ao enxugar seus quadros, as companhias concentram cada vez mais funções em poucos gestores.

A lista de requisitos também envolve saber trabalhar sob pressão - afinal de contas, o executivo passará a fazer parte da empresa em um momento de grande turbulência, e precisa responder rápido às demandas. Capacidade de liderança e de motivação da equipe são outras qualidades indispensáveis em qualquer época - sobretudo agora. Quem gerencia apenas números e planilhas precisa aprender a lidar com pessoas - e a gostar disso. Os selecionadores estão bem atentos a empatia dos candidatos e à capacidade de comunicação clara e objetiva.

Experiência a favor
É freqüente a observação de que as empresas buscam executivos cada vez mais jovens para ocupar importantes cargos. Alguns consultores de Recursos Humanos afirmam que essa predileção não é um dogma do mercado, e que há espaço para pessoas mais velhas. Desde que a crise se agravou, em meados de setembro, com a quebra do banco americano Lehman Brothers, os executivos mais experientes parecem ter ganhado terreno na disputa por novas vagas. Isso ocorreu, segundo os headhunters, porque crises são momentos em que as companhias precisam contar com toda a tarimba de seus dirigentes - algo que só se adquire com o tempo, vivenciando vários momentos difíceis e acumulando horas de vôo.

Um dos nichos a ser explorado pelos executivos em busca de recolocação é o das empresas familiares. Essas companhias estão aproveitando o momento de movimentação do mercado para contratar pessoas com bom currículo, e que possa contribuir para profissionalizar a gestão e atenuar o impacto da crise sobre os negócios. Os consultores alertam, porém, que se aventurar
nesse mercado requer flexibilidade do executivo. É claro que uma bela carreira em uma multinacional é um bom passaporte para ingressar em uma companhia familiar. Mas é preciso compreender que a infraestrutura de trabalho não será, exatamente, a mesma.

Até agora, o segmento que mais retraiu as ofertas de vagas foi o da alta cúpula das empresas - presidentes e diretores-executivos. A maior demanda está concentrada na chamada camada de "middle management", ou gerência de nível médio. Esses são os profissionais que ganham até 15.000 reais por mês. Entre os mais demandados, estão os de controladoria e finanças, justamente porque, em horas de crise, as empresas querem preservar ao máximo seu caixa - e são esses executivos os responsáveis por isso.

Após uma forte freada em setembro e outubro de 2008, o mercado de executivos está voltando. Ao contrário do que esperavam os headhunters, os dois primeiros meses de 2009 não mostraram uma forte queda. No geral, a demanda é a mesma do primeiro bimestre de 2008 - o que está sendo festejado como uma bela notícia pelos responsáveis por selecionar os
dirigentes das companhias brasileiras.